A perda de alguém querido é um dos momentos mais difíceis da caminhada humana. A dor da saudade e a ausência física parecem contradizer nossa fé, e muitas vezes nos faz questionar por que Deus não cura ou impede o sofrimento.
No entanto, a verdade é que Deus sempre cura, às vezes de forma visível, outras de forma eterna. Quando estamos em Cristo, até a morte se transforma em porta para a vida, pois Ele venceu a morte.
Formas diferentes
“Mas ele nos feriu por causa das nossas transgressões e nos esmagou por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.”
Isaías 53:5 (NVI)
Muitas vezes, esperamos que a cura venha na forma física, imediata e visível. Queremos ver o corpo restaurado, a dor cessar e o sorriso voltar. Porém, Deus enxerga além do que os olhos humanos podem alcançar. A cura de Deus não é limitada à carne, ela toca o espírito, a alma e o eterno. Há dores que Ele decide não remover, mas transformar em aprendizado, consolo e fé.
A cura espiritual é mais profunda do que qualquer remédio humano pode oferecer. Deus não apenas tira a enfermidade, mas restaura o coração, renova a mente e fortalece a esperança. A fé não depende do resultado, mas da confiança em Seu amor e soberania. Mesmo quando a cura física não acontece, podemos ter paz e fé, porque sabemos que o Senhor continua sendo bom e fiel.
A cura de Deus sempre acontece. Às vezes ela vem na terra, outras vezes na eternidade. Quando um filho de Deus parte, ele não é derrotado pela morte, mas acolhido pela vida eterna. O céu é o lugar onde toda dor é curada, onde não existem mais lágrimas e enfermidade, pela presença d’Aquele que venceu a morte.
O começo
“Disse-lhe Jesus: ‘Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.’”
João 11:25 (NVI)
Para quem não conhece a Cristo, a morte é uma tragédia que acaba com tudo. Mas para quem caminha com Ele, é apenas o início de uma vida eterna, do banquete. A morte física abre as portas da eternidade. Quando alguém parte em Cristo, ele é curado completamente, livre da dor, do sofrimento e das limitações humanas. A presença de Deus é o destino final onde não há mais lágrimas, luto ou enfermidades.
Jesus mostrou isso quando ressuscitou Lázaro e, mais tarde, quando venceu a própria morte. Ele nos revelou que a vida verdadeira não é medida pelos anos vividos aqui, mas pela eternidade que nos espera n’Ele. A ressurreição é a promessa que transforma nosso luto em esperança.
Assim, quando choramos por alguém que partiu, precisamos lembrar: eles estão curados, livres e em paz. Nosso sofrimento é real, não é fraqueza chorarmos pelos que foram, mas tudo isso é temporário. A fé nos ensina que o reencontro está garantido, e a eternidade é o consolo que Deus oferece àqueles que O amam.
Consolo de Deus
“Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados.”
Mateus 5:4 (NVI)
O luto nos leva a um lugar de vulnerabilidade, onde nossas forças parecem pequenas e as palavras perdem sentido. Mas é nesse lugar que o Espírito Santo se aproxima, trazendo consolo e paz e então, assim, dependemos d’Ele.
Ele não apaga a saudade, mas transforma a dor em esperança. O consolo de Deus vem para aliviar, mas também para curar a alma e nos lembrar que a vida não termina aqui.
Deus entende cada lágrima, pois também chorou diante da morte de Lázaro, em João 11:35. Ele é um Pai que sente essa dor conosco. Quando deixamos que Ele nos abrace e preencha com Sua presença, percebemos que a dor pode coexistir com a paz, uma paz que vem d’Ele e que excede todo entendimento.
A cura que Deus oferece vai além da carne. Ela alcança o coração quebrado, restaura a fé enfraquecida e renova o amor pela vida. Mesmo diante da morte, encontramos um Deus que continua sendo vida. Porque quando Ele está presente, até o fim se transforma em um novo começo.

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