Na época de páscoa nós recordamos como fomos amados por Deus, que enviou Seu próprio Filho para sofrer e morrer por nossos pecados. O sacrifício de um cordeiro imaculado que nos limpou e nos tornou família do Pai.
Mas e em nosso dia-a-dia? Será que temos focado na ressurreição?
A perda
“E, chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra até a hora nona. E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: ‘Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
Marcos 15:33,34
É belo como Jesus se entregou por tantas pessoas que não mereciam nem um pingo de Seu suor. A sexta nos mostra essa dor e nos faz reconhecer Seu sacrifício.
Mas quando focamos apenas nela, perder a esperança é inevitável.
As pessoas que amavam Jesus sofreram junto d’Ele, viram o Homem em quem confiavam e que seguiam, ser morto de uma forma cruel. Nós humanos sabemos que a morte é o fim aqui na terra. As pessoas que estavam próximas a Ele achavam que nunca mais veriam aqu’Ele que “era” a promessa.
Em nossa vida, em meio ao que nos parece a morte, encontrar esperança de vida é praticamente impossível.
Mas existia a esperança invisível naquele dia e existe agora também.
O luto
“E José, tomando o corpo, envolveu-o num fino e limpo lençol, e o pôs no seu sepulcro novo, que havia aberto em rocha, e, rodando uma grande pedra para a porta do sepulcro, retirou-se. E estavam ali Maria Madalena e a outra Maria, assentadas defronte do sepulcro.”
Mateus 27:59-61
No dia após a crucificação do Messias as pessoas apenas lembravam do dia anterior. Era apenas aquela imagem que eles tinham recente na memória, e por isso existia dor e angústia. Saudade.
Quando estamos nesse dia parece que ele passa muito mais devagar que o normal. A dor presente em momentos assim nos dá a sensação de andarmos para trás, de não ser mais possível caminhar para lugar nenhum.
Jesus tinha contado a eles que ressuscitaria, isso era uma promessa de Deus. E nós também já recebemos diversas promessas das Escrituras. Mas imagina como era difícil, em meio à dor, lembrar dessas palavras. Mas elas estavam ali esperando para se concretizarem.
Realmente não parece que haverá o domingo, mas ele virá. Esse é apenas o momento de processo…
E se cumpriu…
“Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres: Não tenhais medo; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia.”
Mateus 28:5,6
E então vem o dia que antes víamos apenas pela fé: o domingo, o renascimento. Agora ele é palpável e nós podemos compreender melhor todo o processo que parecia uma bagunça quando estávamos passando por ele.
Nesse dia as pessoas receberam a notícia de que Cristo não estava mais sepultado, Ele havia ressuscitado. A promessa estava novamente viva!!
Mas para verem isso, eles precisaram suportar a dor da sexta e o processo do sábado.
Entende o que eu quero dizer? Muitas vezes estamos tão focados na dor e na perda, tentando nós mesmos desvendar o processo e resolver toda a teia com nosso próprio entendimento, que esquecemos que o Pai não descansou em nenhum desses 3 dias.
Ele suportou com Jesus a crucificação;
Ele estava trabalhando enquanto havia luto;
E foi Ele que trouxe de volta o Filho!
Há uma promessa para você
“Por seu poder, Deus ressuscitou o Senhor e também nos ressuscitará.”
1 Coríntios 6:14
Não importa em qual etapa desse processo você esteja na sua vida. Se é no dia da dor, no dia do luto ou no dia da esperança viva, entenda que Deus está com você.
No dia após a crucificação, poderia parecer para aquelas pessoas que Deus estava parado, mas Ele apenas estava em silêncio.
O silêncio de Deus não quer dizer que Ele se esqueceu de você, significa que Ele está trabalhando hoje para ressuscitar amanhã o que foi perdido ontem.
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