Isaías 9:6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu. O governo está sobre os seus ombros, e o seu nome será: “Maravilhoso Conselheiro”, “Deus Forte”, “Pai da Eternidade”, “Príncipe da Paz”. (7) Ele estenderá o seu governo, e haverá paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e para o firmar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.
É muito provável que esse trecho tenha sido escrito setecentos anos antes do nascimento de Jesus. Isaías foi um dos profetas que anunciaram a vinda do Ungido de Deus no Antigo Testamento. Confesso que uma das coisas que mais me maravilham na Bíblia é em como profecias tão antigas se alinharam a acontecimentos tão posteriores.
O texto de hoje tem o propósito de lembrar a todos os irmãos do verdadeiro significado do natal. E não. Não estou falando de boas energias ou de vestirmos fantasias de pessoas amáveis no fim do ano.
A significado de Natal
A palavra “natal”, originaria do latim “nātālis” carrega a simplicidade da palavra “nascimento” em seu significado. Logo, nada mais comemoramos do que a ocasião do nascimento de Alguém.
Sendo ou não essa a data oficial, caso tenhamos a mente focada no real significado desse nascimento, temos a oportunidade de comemorar e trazer à memória o nascimento de Cristo. Não só em um dia. Mas em todos os dias, afinal, é por conta desse “nātālis” que hoje temos vida. Mas essa é apenas a minha opinião.
O motivo do “nātālis”
Ou, o motivo do nascimento. Jesus nunca foi um “plano B” de Deus. Antes de que tudo fosse criado Ele já existia com Deus e era Deus (Jo 1:1-5). E foi do agrado do Pai que nele habitasse toda a plenitude (Cl 1:19).
Em uma visita a uma igreja Presbiteriana em São Paulo, durante a ministração fui levado a refletir sobre o significado desta plenitude. Na sua ilustração, o pastor tentou nos fazer pensar no tamanho do universo. Em como Deus ainda está acima do tamanho de tudo o que se conhece, sejam planetas, galáxias, estrelas e afins. E que, num ato de amor indescritível, toda essa grandeza se compactou à forma de um só homem. E ao tamanho do ventre de uma mulher.
O motivo do nascimento, então, era para que se cumprisse o desejo de Deus. Que em seu filho, e ao mesmo tempo em si mesmo, habitasse toda essa plenitude.
Por que precisávamos do Cristo?
O cristianismo é uma das religiões mais conhecidas e difundidas no mundo. Mesmo assim, vejo como é turvo a muitas pessoas o entendimento sobre o motivo do nascimento do Cristo e a grandiosidade deste fato.
Efésios 2:4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, (5) e estando nós mortos em nossas transgressões, nos deu vida juntamente com Cristo — pela graça vocês são salvos — (6) e juntamente com ele nos ressuscitou e com ele nos fez assentar nas regiões celestiais em Cristo Jesus. (7) Deus fez isso para mostrar nos tempos vindouros a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus.
Resumidamente, estávamos mortos por nossa maldade. Como bem diz Marco Telles em seu “Ensaio sobre luz”, éramos inimigos de Deus. A única forma de nos reconciliarmos e termos novamente paz com Ele, era através da fé de que o próprio Deus entregou sua vida. E ele o fez em forma de homem. O homem Jesus Cristo.
A morte a qual a bíblia se refere, nada mais é, que a ausência e a impossibilidade de se conectar à fonte de toda a vida. Sendo esta fonte o próprio Deus. E sendo Deus totalmente separado (santo) de tudo o que mal. O que se subentende que o homem, sendo mal, era oposto a Deus. Por conta disso, a ligação do homem à boa fonte da vida, estava rompida e por isso, sem a restauração dessa ligação em Jesus, estávamos mortos em nossos erros.
Apelo à lembrança
O “verdadeiro significado do natal” não é o Papai Noel. Não são os presentes. Também não é sobre as boas obras humanas que podemos realizar. Muito menos sobre a coisa “hollywoodiana” que vemos nos filmes que passam nas noites das comemorações.
O verdadeiro significado do natal é o nascimento. O nascimento do Cordeiro que tira o pecado do mundo (Jo 1:29). A vinda do homem em quem habita toda a plenitude do Deus que tudo criou e daquele que carrega em seus ombros o governo sobre todas as coisas (Is 9:6).
Meu apelo aos irmãos é que tragam esse sentido de volta a memória. Não apenas à memória pessoal, mas também que tragam essa reflexão às reuniões familiares, às festas e a todos os dias. Pois é nessa memória que reside a salvação, o perdão e a vida eterna. E por isso é que comemoramos, no dia 25 de dezembro, o Natal de Cristo.
Que a graça de Jesus Cristo, o Deus encarnado e glorificado, seja com todos os irmãos! Aproveitem as festas e se regozijem no Senhor e em seu grande poder!
Feliz Natal! Hoje e para sempre!
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