Em nossas mentes é comum pensarmos sempre de forma meritocrática: “faça por merecer”. Acabamos tendo essa mesma mentalidade quando se trata de Deus e a forma como Ele nos ama. Achamos que certos pecados, considerados mais graves, como a corrupção, o homicídio, o adultério, entre outros, podem alterar o amor de Deus.
Tem um trecho, de um dos livros do Max Lucado, que diz o seguinte:
O amor de Deus nunca cessa. Nunca. Embora o desdenhemos. E o ignoremos. E o rejeitemos. E o desprezemos. E o desobedeçamos. Ele não irá mudar. O nosso mal não poderá diminuí-lo. Nossa bondade não poderá aumentá-lo. A nossa fé não o merece mais do que a nossa estupidez o coloca em xeque. Deus não nos ama menos se nós falharmos ou mais se tivermos sucesso. O amor de Deus nunca cessa.
Descobrindo o amor incondicional
Quando percebemos que o amor de Deus não aumenta nem diminui, independentemente se caímos de novo em um pecado ou não, é minimamente chocante.
Nos acostumamos tanto com amores que se movem de acordo com o que fazemos ou como agimos, que nos esquecemos que Deus não é homem. Ele não ama da mesma forma limitada que nós. Ele também não muda, não se arrepende, logo, Seu amor não volta atrás.
Como está escrito em Tiago 1:17, Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.
Deus nos ama não por aquilo que fazemos. Ele nos ama por quem somos.
Quem é você?
Certa vez, ouvi uma história de uma moça que foi em um Congresso, onde questionada sobre quem era, ela começou dizendo seu nome e sua profissão. Então, o líder que lhe fez a pergunta simplesmente a interrompeu dizendo: “Não, não. Quero saber quem é você, não o que você faz.”
Essa é uma frase que me marcou, “você não é o que você faz”. Seus erros e o seu passado não definem que você é. O tanto que você trabalha em sua igreja local não te define nem te faz “merecer” o amor de Deus. O tanto que você corre para lá e para cá não altera algo a respeito de você: a sua identidade de Filho(a) Amado(a) de Deus.
Passamos a entender essa identidade quando temos uma vida no secreto com Deus, quando Ele mesmo, como nosso Criador, começa a nos mostrar quem somos n’Ele. Ao nos relacionarmos com Ele, entendemos quem somos, e que fazemos porque antes somos, não por simplesmente fazermos. No secreto entendemos que o Pai não muda, Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre será. Assim como Seu amor por nós.
Nosso “trabalho” ou “esforço” não é, e não pode ser para simplesmente merecer o amor de Deus, mas sim, para que diariamente possamos estar mais próximos dEle, no secreto, desfrutando de Sua presença, onde ninguém vê, ninguém além de Deus.
Concluindo…
Nesse dia, te convido a ter um momento com Deus no secreto, conversando com Ele, para que você tenha sua identidade de Filho restaurada e para que o Pai possa te mostrar também caso você esteja priorizando mais o “fazer”. Que você aprenda também a desfrutar do amor incondicional d’Ele.
Deus te abençoe,
Ana.