Assim que passa o dia do natal, tudo parece voltar a ficar tranquilo ao nosso redor. Aquela agitação para comprar presentes, os ingredientes da ceia, organizar a casa…
Tudo se aquieta e apenas esperamos o próximo ano se iniciar. O natal faz com que nos reencontremos com Jesus e sua verdade, e a virada, logo depois, de ano nos traz a sensação de novas oportunidades e uma recarga na esperança.
Um tempo de reajuste
“E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.”
Apocalipse 21:3 (NVI)
O Natal marca mais do que o nascimento de Jesus, ele representa também um reencontro. O Deus que, no princípio, caminhava com o homem, e foi afastado pelo pecado, decide novamente habitar entre nós. Em meio à correria do fim de ano e às expectativas de um novo começo, o Natal nos convida a voltar ao lugar de onde nunca deveríamos ter saído: a presença de Deus.
O início de um novo ano costuma despertar reflexões, ajustes e promessas. Mas antes de qualquer meta, o maior convite de Deus é para um relacionamento restaurado. O Natal é o lembrete de que Deus tomou a iniciativa de se aproximar novamente.
Recomeçar com Deus é permitirmos que Ele caminhe conosco outra vez, é mais do que virar o calendário. Tudo começa com esse reencontro.
Deus e o homem
“Ouvindo o homem e sua mulher os passos do Senhor Deus que andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim. Mas o Senhor Deus chamou o homem, perguntando: ‘Onde está você?’”
Gênesis 3:8,9 (NVI)
No princípio, Deus andava com o homem no jardim, em comunhão plena e sem barreiras. Deus se fazia presente, caminhava e se relacionava com a criação de forma próxima. A queda começou com o pecado e, consequentemente, a ruptura dessa comunhão.
Mesmo após o erro, Deus continua procurando o homem. Ele chama, pergunta e se aproxima. Isso revela um Pai que não desiste do relacionamento, mesmo quando o homem se esconde. O pecado nos afastou, mas nunca afastou o desejo de Deus de estar conosco e nossa necessidade de buscá-Lo.
O Natal nasce exatamente dessa busca. Jesus vem como resposta ao distanciamento, como o caminho de volta para a presença. O reencontro começa quando reconhecemos que fomos criados para andar com Ele.O que vivemos hoje em parte, viveremos plenamente na eternidade. Cada Natal nos lembra que essa promessa já começou a se cumprir em Cristo.
Deus conosco
“Por isso o Senhor mesmo lhes dará um sinal: a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel.”
Isaías 7:14 (NVI)
Em Jesus, Deus decide novamente habitar entre os homens. O Emanuel, “Deus conosco”, não é apenas um título bonito, mas uma realidade viva. No Natal, Deus envia mais do que uma mensagem. Ele envia a Si mesmo.
A manjedoura é o lugar onde o céu toca a terra. Ali, o Criador entra na história para restaurar o relacionamento perdido, da forma mais simples e próxima já vista e sonhada pelos homens. O Natal é o ponto de reconexão entre Deus e a humanidade, o início de um caminho que culminaria na cruz e na redenção.
Esse reencontro não é imposto, é oferecido. Deus se aproxima, mas cabe a nós abrirmos espaço no coração. Celebrar o Natal é aceitar o convite para caminhar com Ele novamente.
A virada do ano traz o desejo de recomeçar, mas nenhum novo ciclo se sustenta sem a presença de Deus. Antes de planejarmos o futuro, precisamos alinhar o coração. O reencontro com Deus é o fundamento para qualquer novo começo verdadeiro.
O maior presente do Natal é a presença restaurada, e o melhor preparo para o ano que se inicia é um coração disposto a andar novamente com o Pai.

