Hoje daremos continuidade a série “Qual a cura que você precisa?”, onde através de três reflexões relembraremos histórias bíblicas de cura física, emocional e espiritual, nas quais o Senhor trabalhou a favor de seus filhos, mostrando mais uma vez sua glória e infinita bondade.
No último texto falamos sobre a cura emocional que tem uma proximidade alta com o assunto de hoje, a cura espiritual. Nem toda cura emocional necessariamente e espiritual, mas toda cura espiritual também é emocional.
Quando falamos sobre libertação precisamos lembrar que este é um tema de grande abrangência. Mas hoje focaremos na liberdade a qual Jesus mais falava, a de sermos livres para vivermos a vontade de Deus para a nossa vida. Ao compreendermos isso, perceberemos que o que mais nos aprisiona, principalmente espiritualmente, é o pecado.
As diferentes curas espirituais
E Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino; e, desde aquela hora, ficou o menino curado. Então, os discípulos, aproximando-se de Jesus, perguntaram em particular: Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo?
E ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível.
Mas esta casta não se expele senão por meio de oração e jejum.
Mateus 17:19-21
Neste episódio, os discípulos de Jesus não conseguiram ministrar cura espiritual àquele menino. Quando Jesus fez o que eles foram incapazes de fazer, veio o questionamento: “Por que motivo não pudemos nós expulsá-lo?”, e a resposta de Jesus é que eles não souberam fazer o diagnóstico da situação. Aquela era uma casta diferente, um problema que eles ainda não tinham enfrentado.
Não adianta administrar remédio para dor de cabeça em alguém que está com azia e esperar que cure. É preciso diagnosticar corretamente, para tratar da maneira certa. Neste caso os discípulos poderiam dar palavras de ordem durante horas contra aquele demônio, mas a criança apenas seria liberta por meio da oração e do jejum.
Por isso, é tao importante identificarmos qual é a cura espiritual que alguém ou nós mesmos precisamos. Tomemos, por exemplo, a depressão ou ansiedade. Elas podem ter origens muito diferentes. Muitas vezes, como mencionamos no texto anterior, pessoas sofrem de ansiedade ou depressão por deficiências físicas na produção de hormônios, ou absorção de vitaminas. Mas ao nos encontrarmos com essas enfermidades, podemos ter muita dificuldade de viver a vontade de Deus para a vida delas.
Entretanto, depressão e ansiedade, como outras enfermidades, podem ter sua origem em uma opressão espiritual. Frequentemente ouvimos de pessoas que, mesmo não sendo habitadas por espíritos malignos, são influenciadas pelas trevas, e isso pode causar diferentes enfermidades e desordens que impedem uma pessoa de viver a vontade de Deus para a vida dela.
Nesse caso, a libertação deve ser ministrada repreendendo, não a enfermidade, mas o espírito causador da enfermidade, como fez Jesus:
Vendo Jesus que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai deste jovem e nunca mais tornes a ele.
Marcos 9:25
Mas muitas prisões que nos impedem de viver a vontade de Deus para a nossa vida, podem ter outra origem que possivelmente é a mais comum: a prática do pecado. Jesus disse: todo aquele que pratica o pecado, é escravo do pecado. Essa escravidão do pecado é um fator que mantém um número incontável de pessoas longe do que Deus imaginou para elas, e essa pessoa pode ser você, ou alguém muito próximo.
A cura vem através da verdade
A Palavra de Deus é a verdade que liberta, que cura. E de que forma ela pode nos liberta? Paulo explica:
Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo.
2 Coríntios 10:4-5
Quais são os atributos da Palavra de Deus que são usados para nos trazer libertação? Ela é poderosa em Deus. Em Romanos aprendemos que o Evangelho é o poder de Deus para a salvação, mas aqui aprendemos que ele também é o poder de Deus para libertação.
O Evangelho destrói fortalezas, que impedem a renovação da mente. A Palavra é poderosa para derrubar as fortalezas do medo, da insegurança, do orgulho e muitas outras prisões que temos na mente. Ele anula sofismas, um tipo de mentira complexa, bem elaborada, que mantém as pessoas afastadas da verdade.
Ele anula toda a altivez, altivo é alguém que vê as coisas do alto para baixo, inclusive a Palavra de Deus. Pessoas que gostam de um versículo, porque concordam com ele, e rejeitam outro versículo, porque discordam dele, são pessoas que se colocam acima da Palavra. Qual a consequência? Sofismas e fortalezas que se firmarão em suas mentes. Mas quando decidimos nos colocar abaixo da Palavra, ela anula nossa altivez e nos livra das mentiras e fortalezas!
Ela leva todo pensamento cativo à obediência de Cristo. Hoje vivemos em um mundo de pensamentos acelerados. Não podemos nos dar o direito de parar. Tudo deve ser rápido e instantâneo. Se nos deixarmos levar pelo ritmo do mundo, dos aplicativos e das redes sociais, qual a consequência disso? Nossos pensamentos vão ficar desordenados.
A verdadeira mudança de hábito, só pode acontecer se for fruto de uma mudança de mente. Se você tem lutas como essas descritas acima, procure alguém que possa te confrontar e confortar com a Verdade. A igreja, com toda certeza, ainda é imperfeita, mas ela é o lugar onde você vai encontrar alguém que possa fazer um diagnóstico correto do seu problema e ministrar a libertação de forma adequada.
Por fim, lembre-se que a finalidade da libertação não é apenas sentir-se bem ou elevar a si mesmo. Deus pode nos curar e trazer alívio, mas a cura espiritual tem um objetivo: que você viva a vontade de Deus para a sua vida e Ele seja glorificado!
Deus te abençoe!
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