Caros irmãos, todos devem ter percebido que os posts que tenho feito em dezembro tem tido o foco nas datas comemorativas de fim de ano e em questões ligadas ao fato de que o ano de 2020 está às portas.
Creio que o título deste post não poderia ser mais auto-explicativo. Particularmente, eu amo o natal por vários motivos. É uma data em que relembramos do nascimento de Jesus (mesmo que ninguém saiba com precisão a data correta). É tempo de férias. Tempo de se reunir com a família. Tempo de aproveitar bons momentos com as pessoas que amamos.
O ato de presentear
Na minha família temos a tradição de trocar presentes. E sei que isso é uma prática comum em muitas outras famílias do Brasil. Não vejo isso como uma obrigação, mas sim um tempo no qual me alegro muito em poder dar presentes à pessoas importantes pra mim. Sim, eu amo receber presentes. Mas com certeza meu maior prazer nesses momentos está muito mais no “dar” que no “receber”.
No entanto, como faz com todo o resto, o mundo conseguiu deturpar até o ato de dar presentes. Um belo gesto foi transformado em algo sem limites. O Natal acaba sendo lembrado como uma data de puro consumismo, infelizmente.
Por que damos presentes no natal?
Ninguém sabe ao certo sobre quando ou onde esse costume começou. A ideia mais aceita é que presenteamos uns aos outros em referência aos homens que presentearam Jesus em seu nascimento com ouro, incenso e mirra. Outros ainda atribuem o costume a um bispo chamado Nicolau. Por volta do quarto século, este distribua presentes à famílias carentes na época em que se comemorava o nascimento de Jesus.
Independente de onde se iniciou o costume, é fácil de perceber que não há uma tentativa de se quebrar o verdadeiro significado do natal dando presentes. Na verdade, no início dessas práticas todas essas coisas funcionavam, digamos, de maneira pura.
O consumismo
O problema começou com o passar do tempo. A tradição de se entregar presentes se difundiu muito. Como faz com todas as outras coisas, o mundo corrompeu um ato que se originou de algo simples.
O “dar” ao invés do “receber” acabou sendo um pouco deixado de lado. O prazer de se entregar presentes acabou se misturando com o desejo desenfreado por coisas materiais.
Esse desejo desenfreado pelo material foi diluído nos desejos da carne, dos olhos e na soberba da vida (1Jo 2:16). A busca insana por presentes nessa época do ano fez com que o motivo principal de tudo isso ficasse em segundo plano. Escrevendo para um blog cristão, não acho que eu precise frisar que o foco com certeza devia ser o nascimento do Cristo.
Olhos no lugar certo!
A ideia desse texto, no entanto, não é fazer ninguém deixar de comprar presentes no natal. Eu mesmo estou fazendo minhas compras e ainda assim vou presentear meus familiares. Mas, o meu intuito é que todos os irmãos pensem melhor real motivo pelo qual corremos tanto nesta data.
Nosso coração está nas coisas que estamos comprando, nas que podemos receber ou a nossa atenção está de fato firmada no nascimento do nosso salvador e na comunhão com nossos familiares para essa lembrança?
Repito, não acho que o problema esteja em presentear pessoas no natal. E sim no fato de o nosso coração não estar no lugar em que deveria estar.
Mateus 6:19 “Não acumulem tesouros sobre a terra, onde as traças e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam. (20) Mas ajuntem tesouros no céu, onde as traças e a ferrugem não corroem e onde ladrões não escavam, nem roubam. (21) Porque, onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração”.