O assunto do qual mais falamos na igreja e no meio cristão é a morte de Jesus, ou seja, Seu sacrifício.
Um tempo atrás ouvi uma palavra sobre esse tema onde o pastor que estava fazendo o estudo comparou a morte de Jesus com o trabalho de parto de uma mulher, e isso me marcou.
A gestação
“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.”
Eclesiastes 3:1
Quando uma mulher está grávida existe todo o tempo de espera da gestação, os 9 meses, que é o tempo de preparação necessário. Não adianta querer que leve menos ou mais tempo, o corpo tem seu tempo determinado para gerar e ser gerado.
Desde o nascimento de Jesus até o dia de Sua morte, houve um tempo de 33 anos. Durante todos esses anos, Ele sabia da promessa. Ele sabia o que deveria ser feito, que morreria por todos nós. Mas mesmo Ele tendo o conhecimento do que aconteceria, o tempo de espera e preparação era essencial e indispensável.
Ele precisava andar entre nós, ensinar a palavra de forma palpável. Operar milagres e maravilhas. Sua caminhada O tornava cada vez mais digno de ser chamado “Deus”, e Sua passagem aqui na terra nos aproximou do Pai.
O tempo de gestação era crucial e indispensável para que nós, como Filhos, fôssemos gerados para a vida eterna.
O parto
“Este é o meu consolo no meu sofrimento: A Tua promessa dá-me vida.”
Salmos 119:50
Passado o tempo de gestação, após todo o preparo de meses, chega a hora de dar à luz. O sonho de alcançar o objetivo e de logo poder viver a promessa, finalmente é realizado.
Eu não sou mãe, mas já ouvi muito falar sobre as dores de parto. Essa dor acontece tanto para a mãe quanto para o bebê (embora não recordemos depois). Dizem que é uma das dores mais complexas e fortes, mas ao mesmo tempo é a parte mais importante entre o gestar e o encontro face a face com o filho. Entre o preparo e a vida.
Essa foi a hora da dor que Jesus sentiu. A contração foi o momento em que Seu corpo chegou no momento de trazer vida. Onde Ele se encontrou sofrendo de dor, mas encontrando forças através da promessa que viria após isso.
O nascimento
“Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada.”
Romanos 8:18
As mamães também comentam bastante que, assim que o bebê nasce, a dor parece ir embora num piscar de olhos, de forma rápida e repentina, por mais que exista o tempo de recuperação, o período de ressurreição que ainda é um pouco delicado.
O alívio toma conta após o tempo de dor, e assim podemos ver a vida derramada. Depois desse período tudo começa a valer mais a pena e ter um valor agregado ainda maior.
A dor, que antes parecia o fim, algo que seria insuportável, se torna pequena demais perto da vida que se formou através dela. A vida que recebemos através de Jesus é a maior promessa dada pelo Senhor. Nós nos tornamos filhos, nascemos do próprio Amor.
Assim como sua mãe passou pela dor do parto para que hoje você tivesse vida, Deus sofreu junto a Jesus para que pudéssemos nascer de novo e termos um encontro face a face com o Pai.
Descanse sabendo que você é um filho amado, sonhado e gerado pelo Senhor.