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Deus é Pai

Deus é Pai

O próximo domingo carrega consigo a data comemorativa do dia dos pais. Tentando pensar fora da bolha onde vivo e tentando levar meu pensamento pra varias realidades, entendo que a concepção de paternidade que tenho é totalmente diferente das de muitos de vocês que estão lendo.

Eu confesso nunca ter tido problemas com meu pai. As brigas nunca passaram de discussões por alguma besteira que fiz ou por, em seu amor, estar tentando me corrigir. Creio que minha única dificuldade se deu ao fato de meu pai sempre ser muito reservado e não falar tanto, mas isso nem chega a ser um problema.

Preciso me esforçar pra entender que entre meus leitores existem pessoas que têm visões diferentes sobre o que é ser pai ou sobre o que ele representa para cada um. Há alguns que nunca o conheceram, outros nunca tiveram um bom relacionamento, outros que sentem saudades e ainda há outros que nunca se sentiram amados.

Uma coisa porém, é um fato irrefutável. A presença ou a ausência de um pai tem grande influência sobre a vida dos filhos. Deus concede ao “homem da casa” a autoridade sacerdotal sobre o lar. Se esse homem, no entanto, não se sujeita a Cristo. O lar não tem um bom sacerdote. E se esse homem se ausenta da família, essa casa fica sem sacerdote. É claro que Deus pode levantar outra pessoa da família para esse fim. Mas o que quero deixar bem exposto aqui é que uma boa referência de pai, que está na missão de ser como Cristo, pode transformar a vida de toda uma família.

Deus é Pai

Outra coisa que muitos têm dificuldade de entender é a paternidade de Deus. Geralmente, quem teve boas referências consegue o fazer. Mas alguém que teve um pai agressivo ou ausente, tende a ver Deus da mesma forma.

A essas pessoas, peço que se esforcem em entender que temos uma visão totalmente deturpada sobre como as coisas deveriam ser ou não do ponto de vista divino.

A verdade é que Deus é um pai infinitamente amoroso, que oferece consolo e descanso aos seus filhos. E ao mesmo tempo, é um pai rigoroso, que ensina aos seus corrigindo-os com seriedade. Sendo infinito em sabedoria, há a certeza de que Deus nunca erra para com os seus filhos e sempre os chama para uma profunda relação de amor.

A parabóla do filho pródigo

Lc 15:20 “Então voltou para a casa de seu pai. Quando ele ainda estava longe, seu pai o viu. Cheio de compaixão, correu para o filho, o abraçou e o beijou. (21) O filho disse: ‘Pai, pequei contra o céu e contra o senhor, e não sou mais digno de ser chamado seu filho’. (22) “O pai, no entanto, disse aos servos: ‘Depressa! Tragam a melhor roupa da casa e vistam nele. Coloquem-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. 

Na parábola do filho pródigo encontramos uma das melhores definições do que é ser um bom pai. Mesmo antes repartindo a sua herança e vendo seu filho se afundar em problemas por conta do orgulho e da vontade pela independência, no retorno arrependido, o pai se esquece de todo erro e recebe seu filho de braços abertos.

Devemos sempre enxergar a Deus dessa forma, não esquecendo que Ele também é justo para nos corrigir e permitir que coisas aconteçam para que aprendamos mais e para evoluirmos tendo como foco a estatura de Jesus, que é o Homem Perfeito.

Dicas práticas a respeito de pais e filhos

Cl 3:20 “Filhos, obedeçam sempre a seus pais, pois isso agrada ao Senhor. (21) Pais, não irritem seus filhos, para que eles não desanimem.

Sabendo que devemos amar uns aos outros e entregarmos nossas vidas uns aos outros, devemos nos esforçar por fazer isso dentro da nossa família. Aos filhos, é necessário que se obedeça a autoridade máxima do lar. A Bíblia nos ensina a estarmos sujeitos às autoridades, sejam quais elas forem. É óbvio, tudo deve ser ponderado à luz da Bíblia. Mas a honra, o respeito e a obediência devem ser características dos filhos.

Ao mesmo tempo, sabemos que, muitas vezes, os pais tendem a não ver as coisas da mesma forma que os filhos. Algumas boas intenções as vezes são transformadas em péssimas atitudes pela maneira como são conduzidas. Por exemplo, uma preocupação excessiva pode resultar num estilo “superprotetor” e por consequência, fazer o filho se sentir sem liberdade. Coisas assim acabam fazendo mais mal do que bem. Por isso é importante se espelhar em Deus como pai na hora de instruir sua semente. Para não ocasionar irritações nos filhos e instigá-los ao desânimo na uma caminhada cristã.

Não sou pai (apenas de um cachorro da raça Border Collie chamado Luke), então creio que tenho pouquíssima autoridade para falar sobre o assunto. Mas à luz da Bíblia. Da boa referência paterna que creio que tive e do meu relacionamento com Deus, como pai, espero que todas as coisas escritas aqui sejam de alguma valia à todos. Tanto pais, quanto filhos.

Deus abençoe!

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