Por muito anos, quando frequentava a igreja sem estar totalmente convertido, tinha uma visão muito errada de Adão. Confesso.
Naquele tempo, via-o como alguém totalmente culpado por todos os pecados da humanidade. Me recusava então a me aprofundar mais em algum estudo sobre esse personagem bíblico.
Na noite da última terça-feira estava sentado em minha cama em meu momento de oração e pedi um direcionamento a Deus quanto a este post. Senti de escrever sobre a relação de intimidade que havia entre Deus e o primeiro homem do mundo. Junto a alguns outros pensamentos que foram colocados em minha mente, cheguei a algumas conclusões pessoais.
Por que o homem foi criado?
Comecei refletindo sobre o porquê do Senhor ter criado o homem. Então primeiro, mesmo que sendo impossível, me esforcei pra entender o que Deus quis fazer.
Quero, inclusive, parafrasear um trecho de uma ótima pregação do irmão Douglas Gonçalves. Através da saudação final de Paulo na segunda epístola aos Coríntios, ele define o nome de Jesus como “Graça”. O nome de Deus como “Amor”. E o do Espírito Santo como “Comunhão”.
2 Co 13: 14 “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vocês”.
Em minha mentalidade tola e sem sabedoria alguma, fui mais uma vez ao dicionário para ver o significado da palavra “amor”. O que encontrei foi: “forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade ou de relações sociais”.
Então, pensando em Deus, o Pai, como a fonte mais pura e inesgotável de amor possível. O que de fato Ele é. Entendi que o próprio Deus é a definição mais perfeita de uma relação de afeição com alguém. E se Ele é representado em uma trindade, é simples pensar que havia entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, uma troca de amor puro, junto à graça e comunhão perfeitas e constantes.
Gn 1: 26 “Então disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança…”
O amor entre a trindade é tão grande, que este gerou frutos. No caso, o homem, feito à semelhança do Deus Altíssimo.
Comecei a orar sobre isso e pensar sobre como o Pai nos criou para ter uma perfeita comunhão de amor com Ele. Afinal, sabemos que só somos capazes de amá-lo porque primeiro nos foi depositado Seu amor. Pensando como um homem, acho mesmo impossível reter amor. Sempre que estamos cheios desse sentimento queremos transbordá-lo e canalizá-los para outras pessoas ou coisas. Acho que Deus o fez da mesma forma. Em seu infindável amor, se transbordou e canalizou para um ser criado para viver em uma perfeita relação de intimidade com Ele.
1Jo 4: 19 “Nós amamos porque ele nos amou primeiro”.
Como era a intimidade entre Deus e Adão?
Como ter uma intimidade com Deus?
Não estou dizendo aqui que é necessário estar com o corpo desnudo para se achegar a Deus. A minha intenção é mostrar que a nossa intimidade com Ele é aumentada através da pureza que temos em nosso coração e em nossos olhos. É ter o nosso coração desnudo e limpo de toda vergonha ocasionada pelo pecado.
É claro, a semente do pecado ainda vive em nossa carne. E é exatamente por isso que dia após dia se deve matar o antigo homem, proveniente da carne, para que viva apenas o homem que provém do espírito, que é puro e criado para ser santo, como Deus o fez.
At 13: 38“Portanto, meus irmãos, quero que saibam que mediante Jesus é proclamado o perdão dos pecados a vocês. (39) Por meio dele, todo aquele que crê é justificado de todas as coisas das quais não podiam ser justificados pela Lei de Moisés”.
O Sacrifício de Jesus nos purifica de todo erro e pecado para que tenhamos um contato face-a-face com Deus. Mas para isso, devemos nos tornar conscientes de que nossa vergonha já foi abolida.
Se por acaso você, irmão, vier a pecar, não tenha vergonha de se achegar ao Senhor, teu Deus, pois é exatamente isso que Ele quer que você faça, visto que hoje, por meio de Jesus, você é chamado para ser santo, como Adão era antes de abrir os seus olhos para o mal. O trecho a seguir, escrito pelo apóstolo Paulo, explica isso: